RECEITA DE TORTA FLORIDA
Passadas as festas de dezembro e as deliciosas ceias, que mais parecem um banquete da realeza, com tantas opções de comida, e no auge do verão, com altas temperaturas e sol à pino, tudo que a gente quer é sombra e água fresca para esse começo de ano, não é mesmo?
Para que o início do novo ano seja leve mas também prazeroso, sempre invisto em receitas refrescantes e cheias de sabor como, por exemplo, um toque especial para criar as mais variadas águas aromatizadas. Ficou com vontade? Clique aqui para ver como preparar essa delícia para o seu verão.
Mas, é claro, não é só de água que a gente vive! O ideal é que a gente alie a hidratação a uma boa alimentação para garantir um verão de sucesso. Pensando nisso, decidi inovar e deixar aqui uma sugestão de sobremesa que tem a cara dessa estação: alegre, colorida e divertida! Hoje quero mostrar a você que é possível preparar uma receita simples, refrescante, leve e ainda por cima linda para os dias quentes em que queremos aquele docinho depois do almoço.
Para isso, contei com a ajuda de ingredientes simples como iogurtes e frutas, criando uma receita de uma torta incrível. O toque final ficou por conta do uso de flores comestíveis que trazem um ar fresco e colorido para a torta. Isso mesmo, você leu corretamente. Algumas flores podem ser ingeridas e são elas as estrelas da minha receita de “Torta Florida”. Estou falando das PANCs, as Plantas Alimentícias Não Convencionais. Encaixam-se nesse grupo plantas e flores diferentes e não habituais que podem ser ingeridas.
As PANCs costumam crescer e se desenvolver de forma bastante simples, pois são facilmente vistas e encontradas em jardins, hortas, quintais e até mesmo nas calçadas de nossas casas. O que acontece é que, por falta de conhecimento, muita gente pensa que é apenas mais uma bonita florzinha no meio do mato e acaba não aproveitando todo o potencial das plantas comestíveis.
Dentro do universo das PANCs existem diversas variações de plantas e flores exóticas, nativas, cultivadas, folhas, frutos, grãos, silvestres e por aí vai… a grande maioria dessas plantas são orgânicas e crescem em praticamente todo tipo de território, possuindo uma resistência impressionante, já que nascem de forma espontânea, adquirindo todas as características necessárias para um bom desenvolvimento naquela região específica.
E adivinhe só quem possui 1/3 de todas as PANCs no mundo? Sim, o Brasil! Algo em torno de 30 mil plantas são cadastradas como espécies de PANCs e 10 mil delas são nativas brasileiras! E já que temos tantas variações aqui em nosso país, por que não aproveitá-las em receitas? É claro, precisamos ter cuidado e saber exatamente quais são as PANCs antes de sair experimentando qualquer flor em nosso jardim e, para isso, preparei uma lista com algumas das mais conhecidas e facilmente achadas por aqui.
Ora-pro-nóbis: muito encontrada nos estados do Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Alagoas e Sergipe, a ora-pro-nóbis é uma cactácea que possui flores e folhas ricas em componentes nutricionais. Seus frutos amarelos e redondos também podem ser consumidos, mas sua parte mais usada na culinária é a folha, repleta de fósforo, fibras, cálcio e vitaminas.
Taioba: comum na culinária típica de Goiás, a taioba começou a ganhar espaço na gastronomia brasileira e hoje já pode ser encontrada em diversos pratos de restaurantes renomados. A folha de taioba possui, comprovadamente, mais vitamina A que a cenoura, o brócolis e o espinafre, além de possuir ferro, proteínas e cálcio em sua composição.
Peixinho-da-horta: com folhas carnudas e macias, o peixinho-da-horta é uma das PANCs mais utilizadas no Brasil. A forma tradicional de preparar é empanando as folhas e, em seguida, fritando-as, para obter um resultado final em que lembra pequenos peixes fritos. A planta possui propriedades que ajudam a acalmar tosses e irritações na faringe.
Capuchinha: usada desde os povos antigos para o combate à infecção urinária, diversas doenças de pele e o escorbuto, a capuchinha possui flores e folhas que podem ser consumidas em chás, infusões, sucos e saladas. Possui ação antibiótica, expectorante, digestiva e diurética.
Flor-de-mel: também chamada de álisso e lobulária marítima, essa planta pode ser cultivada até mesmo em jardineiras com outras plantas, se desenvolvendo muito bem. Possui um adorável cheiro doce que lembra muito o mel e por isso é mais conhecida pelo apelido flor-de-mel que pelo nome original álisso.
A flor-de-mel é uma PANC extremamente aromática, bela, delicada e típica da época do verão! E foi por isso que a escolhi para compor grande parte da finalização da minha torta, em conjunto com outras flores comestíveis como capuchinha, amor-perfeito e folhas de hortelã.
Como queria um destaque especial para esta receita finalizada de forma colorida com frutas e flores, investi em uma travessa preta para o preparo e serviço. Escolhi a travessa retangular canelada da Emile Henry e o resultado final ficou incrível! A travessa possui paredes altas que permitem o preparo das mais variadas tortas doces ou salgadas, finas ou grossas.
A cerâmica HR Ceramic (High Resistance Ceramic) da Emile Henry é o grande diferencial da marca, pois trata-se de um material de alta resistência, que garante uma durabilidade superior, evitando lascas por muito tempo. Ela possui um benefício essencial para esta ocasião: permite o preparo de receitas mais espessas sem o risco de queimar a borda e estragar o prato.
Por ser feita em cerâmica altamente resistente, você pode preparar sua torta por completo no refratário, levando-a ao forno, geladeira, micro-ondas e ainda servindo-a diretamente à mesa, já que as receitas podem ser cortadas na própria travessa, sem nenhum risco no refratário. Os produtos da marca Emile Henry possuem resistência a choques térmicos, podendo ser retirados do congelador e levados diretamente ao forno sem nenhum risco de danificar.
Além disso, o material é um ótimo difusor de calor, distribuindo-o por todo o refratário, o que faz com que seu prato seja cozido por igual e por completo. As travessas caneladas possuem um tamanho perfeito para o preparo de receitas para toda a família e podem ser encontradas nas cores vermelha, preta e fendi.
Agora é só escolher a cor que mais combina com as flores do seu jardim e preparar essa torta florida, linda e refrescante para o seu verão!
INGREDIENTES
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de açúcar
100 g de manteiga
1 ovo
2 colheres de sopa de leite
Sal
2 potes de iogurte grego light (pode ser de frutas vermelhas ou tradicional)
50 g de creme de leite
1 colher de sopa de mel
1 caixinha de morangos
Folhas de hortelã
Flores comestíveis
MODO DE PREPARO
Misture a farinha com o açúcar e adicione uma pitadinha de sal. Nessa mesma tigela, coloque a manteiga, o ovo e o leite e misture até obter uma massa homogênea. Coloque a massa na travessa canelada e pressione com as mãos até preencher toda a forma com a massa. Fure a massa com um garfo e deixe no congelador por alguns minutos enquanto pré-aquece o forno a 200º C. Leve ao forno por aproximadamente 25 minutos ou até que sua massa esteja dourada. Enquanto espera sua massa esfriar, prepare o recheio misturando o iogurte, o creme de leite e o mel, mexendo bem até dar uma leve engrossada. Despeje o recheio na torta e finalize enfeitando-a com morangos picados, folhas de hortelã e as flores comestíveis.
RENDIMENTO
6 porções.
DICAS
– Como a massa tende a diminuir quando vai para o forno, empurre bem as laterais até que a massa suba e ultrapasse a travessa. Assim, depois do cozimento, ela não ficará muito baixa na forma.
– Colocamos a massa no congelador antes de assar para que ela firme bem e não esfarele depois de assada. Para isso, você precisará de um refratário que aguente o choque térmico, assim com a travessa da Emile Henry.
– Depois de pronta e enfeitada, leve sua torta para à geladeira por alguns minutos para gelar e endurecer antes de servir.