fbpx

Imeltron

Café não é tudo igual. Saiba como escolher o seu!

Café não é tudo igual. Cada vez mais é possível se perder por corredores de cafés de supermercados pelo Brasil e em lojas online ou cafeterias. Não poderia ser diferente, já que o Brasil é o maior produtor de café do mundo e nossa paixão por essa bebida é assunto sério.

Se você tem dúvidas sobre a qualidade dos cafés que estão ao seu alcance, sobre o que pode te agradar mais sensorialmente ou ainda sobre como explorar aromas e sabores de diversas regiões, bora começar a resolver todas essas questões. Eu e a Imeltron começamos aqui uma jornada para te levar informações sobre café, métodos de preparo, moedores e muito mais.

Alimento vivo

A primeira coisa é que café é o alimento mais consumido no Brasil segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Café tem origem africana, vem de uma planta, que dá fruto e esse fruto protege a semente que torramos e moemos para extrair a bebida café.

Duas espécies da planta do café, tecnicamente chamada de coffea, são mais consumidas no mundo, e o Brasil produz as duas: arábica e canéfora. A primeira mais valorizada pelo mercado e também mais vulnerável às intempéries da natureza, possui mais doçura, menos cafeína e mais complexidade.

Já a espécie canéfora, conhecida pelos seus grupos botânicos robusta e conilon, é mais resistente e mais em conta, menos complexa sensorialmente, com até o dobro de cafeína, o que resulta também em mais amargor, embora muitas pesquisas mostram cada vez mais a produção de café canéfora especial, com mais complexidade.

Na hora de comprar, você deve lembrar de escolher o café pela qualidade, não apenas pela marca. Café é alimento vivo, que muda e se degrada com o passar do tempo, perdendo suas propriedades sensoriais, por isso procuramos café sempre da safra atual, e essa safra no Brasil é anual.

Na hora da escolha no supermercado, observe nas embalagens um selo da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café) informando se o café é extra-forte, tradicional, superior ou gourmet. Essas são as qualidades em ordem crescente. O extra-forte, portanto, é o café com mais impurezas e grãos defeituosos, com torra bem mais escura para esconder essas imperfeições, e esse conjunto resulta em muito amargor na xícara.

Depois dele, vem o tradicional e em seguida o superior, cada vez com menos impurezas, como galhos, pedras e outros objetos permitidos nesses cafés, e também menos grãos defeituosos, como grãos imaturos, quebrados, verdes entre outros. Cafés dessas categorias normalmente são misturas de espécies arábica e canéfora, barateando também o preço para o consumidor.

Já o café gourmet não pode conter impurezas e apresenta uma quantidade muito menor de grãos defeituosos. Além disso, deve ser 100% arábica. Na xícara, o resultado é uma bebida balanceada em doçura, acidez e corpo.

Café especial, máxima qualidade

Acima do café com qualidade gourmet, encontramos os cafés especiais. Pontuados por profissionais como um café acima de 80 pontos, é uma categoria mais jovem, criada nos anos 1970 pela norueguesa Erna Knutsen, que trabalhava em uma empresa de importação de café em São Francisco. Ela descobriu a alta qualidade de cafés produzidos em quantidades menores e que não enchiam um container e por isso passou a comercializá-los em cafeterias e microtorrefações da Costa da Califórnia usando o termo specialty coffee (café de especialidade), popularizado no mundo todo e também no Brasil, onde o consumo desse tipo de café é crescente.

Os cafés especiais valorizam sua origem e todo o processo que passa até chegar em suas mãos. Do plantio ao pós-colheita, da torra até o preparo. É comum em embalagens de café especial você ter informações que outras categorias de qualidade não apresentam, como o nome de quem produziu, processo que os grãos foram secos, onde e quando foi torrado e nota sensoriais esperadas na bebida, resultantes de todo esse processo.

Encontramos cafés especiais mais frescos em lojas especializadas online ou físicas. Dê preferência aos cafés brasileiros, produzidos e torrados aqui e encontrados com muito frescor. Se puder moer na hora do preparo, melhor ainda. Mas isso é conversa para outro post que você ainda vai conferir por aqui.

Dicas

Na hora de comprar, escolha o café pela qualidade. Depois, se atente a data que ele foi torrado, preferencialmente consuma dentro de até três meses depois da torra, pois o café perde aromas e sabores com o tempo. Mais importante que qualquer uma dessas informações é verificar se a embalagem informa a intensidade da torra (quanto mais torrado, mais intenso ou amargo será o sensorial) e possíveis notas sensoriais (frutado, castanhas, chocolate, caramelo) para pensar se é esse café que mais agrada o seu paladar.

Explore as regiões produtoras do Brasil. Produções espalhas por diversas regiões do Brasil resultam em sensoriais únicos a cada safra. Depois de escolher, é só guardar seu café fora da geladeira, em local sem luz direta e em embalagem vedada para preservar tudo o que o café de qualidade tem para te oferecer. Bom café!

Escrito por: Gi Coutinho – Pura Caffeina

Compartilhe:
Imeltron Admin
Assine nossa

e receba conteúdo exclusivo com as novidades do mercado, nossos lançamentos e dicas!